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Mostrando postagens de maio, 2024

Uma pausa para reflexão. Gaza e a resistência palestina.

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 " Em nome de Deus, Gracioso e Misericordioso Escrevo esta carta aos jovens cuja consciência desperta os moveu para a defesa das mulheres e crianças oprimidas de Gaza. Queridos jovens estudantes dos Estados Unidos da América! Esta é uma mensagem de concórdia e solidariedade da nossa parte para convosco. Estás agora do lado certo da história, cujas páginas se estão a virar diante de nós. Você agora faz parte da Frente de Resistência e, sob a pressão brutal de seu governo, que defende abertamente o implacável regime usurpador sionista, iniciou uma luta honrosa. Em um lugar distante, a grande Frente de Resistência luta há anos com a mesma compreensão e sentimentos que você tem hoje. O objectivo dessa luta é pôr cobro à flagrante injustiça perpetrada contra o povo da Palestina durante anos por uma rede terrorista implacável chamada sionismo, que, depois de tomar o seu país, os submeteu à mais extrema pressão e tortura. O atual genocídio do regime sionista do apartheid é a con
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  Xaréu                 Quando criança costumava, nas férias, acordar e ir à praia para assistir arrastões. Deslumbrava-me ver os pescadores invadirem as águas do mar e de lá buscarem os peixes que eu saboreava de diversas maneiras, preferencialmente, na moqueca feita por Maria. Mulher humilde, de nenhuma letra, mas muito culta nos sabores baianos. E numa dessas vezes, fui notado e convidado por um jovem pescador de nome Pepira a acompanhá-lo. É essa minha história. Era cedo para o dia. Cedo também para mim na busca de uma vida de obrigações. Mas eu andava ao nascer do astro rei, prelúdio da manhã, com Pepira beirando o mar e observando a maré. Naquele dia, em especial, o sol demoraria a sair devido ao cinza escuro que encobriu a linha imaginária no vergar do oceano... — Olha, Zé! Ta vendo!? Lá no fundo! Não está vendo o encrespado da água!? É xaréu! Cardume grande vindo pra beira. Vou buscar meu povo. Fique de olho. Olha lá, Zé! — Pepira, eufórico, repetiu a sentença aponta
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  O julgamento do anjo.   Creiam-me... — gritou o réu ao se levantar. O juiz martelava na mesa insistentemente pedindo ordem no tribunal, enquanto um burburinho soava do auditório. — ...Eu sou um anjo!   — completou o réu ao estacar-se de pé. — Silêncio! Ou evacuo o recinto. — Ordenou o meritíssimo juiz. — Data vênia, Excelência. — Levantou-se, também ao grito, o advogado de defesa com o dedo em riste e argumentou: — É de fundamental relevância ouvi-lo, pois a tese da defesa está centrada na crença do acusado...           — Protesto! — Gritou o promotor público. — O réu dará seu depoimento quando for ocupar a tribuna... As vozes do público no auditório se abrandam quando o juiz interpelou incisivo: — Protesto negado! Concedo ao réu dirigir-se à corte, — e completou: — quero ordem no tribunal!   Os advogados se sentaram. O silêncio aos poucos se instalou no recinto. O réu permaneceu de pé. O juiz, quebrando o silêncio, ao réu perguntou nome, endereço, a natureza d